segunda-feira, 9 de maio de 2011

Se entrega, Bin Laden


Os anos 30 no Nordeste brasileiro não ficavam nada a dever ao mundo cão de hoje em dia, pré ou pós 11 de setembro. E se os irmãos do norte tiveram que fazer onze planos até conseguir sucesso na caçada incançável contra Bin Laden, aqui estão, na nossa galeria de malfeitores pra Paquistão algum botar defeito as figuras de Lampião, Antonio das Mortes, Corisco, o beato Sebastião, o coronel assassinado e Manoel/Satanás - todos juntos, verdade e ficção, mito e malcriação, no "Deus e o diabo na terra do sol", o clássico cult-brega-pop-grego-teatral de Glauber Rocha - um sujeito tão esquisito, fala a verdade, quanto suas criaturas e criações. Então, se é assim, se entrega, Bin Laden, de tomaróqui ou parabelo na mão. Mataram Bin Laden, balearam Dadá, o sertão vai virar mar, e o mar virar Paquistão. Isso tudo porque acabei de rever o filme que termina com os versos escritos por Glauber e entoados em gogó de cantador de feira por Sérgio Ricardo. "Que a terra é do homem, né de deus nem do diabo/ que a terra é do homem, né de deus nem do diabo..."

Clique aqui para rever trechos do filme.

Mais Glauber Rocha aqui.

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