segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Vida interior

Por estes dias esteve nos visitando Deise, que durante uns dois anos trabalhou aqui em casa, ajundando a mim e a Rejane a manter Cecília e Bernardo limpos, alimentados e felizes como tem que ser ou o quanto seja possível. Quando Deise trabalhava com a gente, Bernardo ainda era bem pequeno, naquela idade em que as memórias nem sempre ficam fixadas o bastante para serem lembradas um ou dois anos mais tarde. No dia da visita, Deise chegou, falou com eles, brincou, sorriu e recebeu sorrisos de volta de Cecília - de memória já mais adiantada - e a desconfiança sedutora de Bernardo, que sempre adota este método quando encontra ou reencontra alguém.

Era dia de Kumon e precisamos sair. Na garagem, perguntei a Bernardo se ele lembrava de Deise. A resposta é o que importa nesta curta mas intensa história escrita aqui:

- Por fora, não. Mas por dentro eu me lembro.

Um comentário:

  1. Magnífica resposta de B. São aquelas coisas que só o corpo sabe sentir.

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