Nem só de "suco de fumaça" vive meu filho Bernardo, na sabedoria astuta dos seus 3 anos de idade, a se completarem agora em maio.
Hoje ele saiu-se com mais duas daquelas conversas que antigamente a gente classificava genericamente como "criança diz cada uma".
Primeiro, estava chovendo forte e Bernardo não gostou nada de ver o cavalinho de madeira que ele ganhou da tia Sandra tomar uns chuviscos na varanda. Não teve dúvidas em avaliar o tamanho dos seus poderes e gritou lá pra fora, a plenos pulmões:
-Pára, chuva!
Logo depois disso, pra distrair tanto ele quanto Cecília, sugeri que a gente voltasse a montar o que chamo de "cinema da garagem": colocar o mini-DVD numa mesinha e as cadeirinhas deles na frente pra assistirem a algum filme, aproveitando que o carro estava fora.
Proposta aprovada, mas Bernardo arrumou outra de suas típicas confusões. Eram umas onze da manhã mas ele insistia em "desligar" a luz da garagem, que é bem iluminada por causa da porta envidraçada.
Vocês entenderam, não é? Sim, Bernardo queria apagar a luz do dia, porque, dizia ele, cinema é no escuro.
Tirou o dia para brincar de Deus, nosso bravo e trabalhoso Bernardo.
conexões entre amigos, livros, filmes, discos, memórias, férias, viagens, natal e brasília
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